quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Até sempre...

Conheceram-se numa galeria de arte.Ela,tristemente bela,era transportada na sua cadeira de rodas. Longos e belos cabelos negros emolduravam-lhe o seráfico rosto.
Ele,exibia a jovialidade dos seus dezoito anos.No fim da visita,foram tomar um chá.
Olharam-se enternecidamente e encantaram-se. Ela, na despedida,estendeu-lhe a
enluvada mão e, segurando entre os dedos uma cartão,dizia que gostaria de voltar a vê-lo.Ele,com um esboçado ósculo,apresentou-se:Álvaro de Sousa Bastos. Poucos dias
depois, um Mercedes negro, foi buscá-lo à estação ferroviária da Régua. A Morgada de
Fiãis,recebeu-o na sua mansão.Depois do jantar,no salão,conversaram até tarde.Depois,
na sua alcova,amaram-se.A vida,não voltou a reúni-los.Implacável,o tempo não parou.
Passam-se trinta anos.Ele volta à Régua e dizem-lhe: A Morgada,vai para trinta anos que morreu.De parto.Quem tudo herdou, foi seu único filho;Alvaro de Sousa Bastos Junior.

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