terça-feira, 20 de novembro de 2007

A consoada

O jovem oficial de dia, reparou que por uma das janelas, do quartel, viradas a Norte, estava
a ser içada qualquer coisa. Investigou e concluiu que era a janela da arrecadação/alojamento
do cabo de dia. Bateu. Demoraram algum tempo a abrir.
O oficial entrou e perguntou: O que se passa aqui?
O cabo abanou a cabeça, mas foi denunciado pelo agitar da cúpula de um monte de lençois
mudados na tarde desse dia, em mais de cem camas.
O tenente, sacando da pistola, gritou: Quem está aí? Surgiu uma cabeça de mulher. Suas
mãos cruzadas, mal cobriam a púbis.
Perante tais evidencias, o cabo, de joelhos em terra, rogou:
Meu tenente, é noite de consoada...