quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Rosto riscado

No chão, com um graveto,
Risco o teu belo e risonho
Rosto, e sonho...

Dali, até vejo a tua casa!...

E se eu entrasse pelo jardim,
Sem que me visses,
Trepasse pela árvore
E dali para a varanda
E me introduzisse
Como um gato, no teu quarto
E te tomasse?..,

Decerto perguntarias;
Quem és tu?
E eu responderia:
Sou eu, não me reconheces?

Olha que em tempos, já brincamos!...
Eu era o senhor doutor
E tu minha doente!...
Já não te lembras?...,

E quando eu julguei
Que ias acarinhar a mão que te afagava,
Tu, soberba, as costas me voltaste.
Então, acordei,

E,com o pé, tal rosto,
Do chão apaguei

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